“Sabe o que acontece quando
alguém solta sua mão? Você a tem de volta. É uma coisa boa. Os internos
soltaram, o Tuck soltou e até o Ben soltou. Mas eles continuam por perto. Todos
eles ainda amam você. Mas isso significa que você tem sua mão de volta. Quer
dizer que você tem tempo. Não para lavar pratos. Para fazer algo produtivo.
Sair em busca de algo, encontrar a cura para uma doença, dar o próximo passo.
Você pode inventar o Método Bailey. Mas precisa ir em busca disso, fazer alguma
coisa. E não olhar para trás.”
Não olhar para trás. Foi
basicamente isto que esse terceiro episódio de Grey’s Anatomy tentou nos dizer.
Enquanto ainda sofremos com as recentes perdas, uma nova etapa começa no
Seattle Grace. Sim, muitas coisas ruins aconteceram, não concordamos com grande
parte disso, mas precisamos deixar isso um pouco de lado e seguir em frente.
Grey’s Anatomy iniciou este novo
ano sob suspeita de ser um dos piores até então, tudo por causa dos rumos da
season finale passada. “O que será de Grey’s sem Lexie?” ora, Grey’s foi
maravilhosa sem Lexie em suas três primeiras temporadas. Na verdade, Lexie só
veio ganhar uma importância mesmo lá para meados da quinta, quase sexta
temporada. Aprendemos a amá-la e ela nos foi tirada de repente. Essa é a
realidade e temos de aceitar. Lexie e Mark não voltam e ponto final. Vamos
seguir em frente e não olhar para trás.
Enquanto ainda tentam se recuperar
do trauma do acidente, os médicos que sobreviveram a tal começam a batalha na
justiça contra a empresa área responsável pelo voo. Isso acabou mostrando que
ainda lidaremos com mais algumas consequências do acidente ao longo dos
próximos episódios (o que, sinceramente eu espero que não se prolongue muito).
A empresa acaba oferecendo aos médicos uma boa quantia em dinheiro para que
eles esqueçam o ocorrido e sigam em frente com suas vidas. O que por fim, acaba
não acontecendo. Destaco aqui o discurso do Derek no final, ao dizer que quando
eles (médicos) cometem erros, eles releem os arquivos, estudam o caso, procuram
não repetir os erros e não causarem futuros traumas nos pacientes.
Cheguei a dizer na review passada
que um dos grandes destaques dessa temporada facilmente seria Callie e, depois
deste episódio, volto a afirmar isto. Sara Ramirez vem se destacando não é de
hoje e neste episódio simplesmente roubou a cena. Todos estão sofrendo com o
acidente, até mesmo aqueles que não estavam no avião, mas Callie é a que está
carregando um fardo maior. Perdeu um grande amigo e pai de sua filha e está
vendo sua mulher perder toda a vontade de viver. Méritos também para Jessica
Capshaw, mostrando toda sua versatilidade com uma Arizona depressiva e triste,
passando todo seu sofrimento para o telespectador.
Cristina aos poucos vai
conseguindo conquistar seu espaço em seu novo trabalho, mas seu retorno à
Seattle não deve demorar muito. Aqui fica minha eterna gratidão à Shonda por
não ter feito Cristina entrar em uma depressão/estado emocional semelhante ao
que aconteceu na sétima temporada. Apesar dos pesares, ela vem lutando contra
os traumas de um jeito “Cristina”, fazendo seu trabalho. Quanto ao seu
casamento, esta distância entre ela e Owen parece não estar ajudando em nada a
crise que já vem acontecendo por alguns episódios – desde a temporada passada. Mas
muito em breve as coisas devem se resolver. Ainda existe um forte sentimento
entre os dois e a conversa no telefone foi a prova concreta disto. As vezes o
silêncio significa muito mais do que um extenso diálogo.
Mas como tudo não são maravilhas,
ainda estou tentando descobrir qual é a função de Richard nesta temporada. Até
o momento a única coisa que ele parece estar fazendo é dar conselhos. Embora
sejam bons conselhos (até abri o review com seu diálogo com Bailey), o
personagem merece mais. Assim como Bailey. Por mais que goste dela como um
alívio cômico, ela precisa de um drama realmente convincente. Algo que desperte
aquela Bailey que todos aprenderam a amar. O mesmo vale para Karev. Essa
história dele voltar a ser um “canalha/pegador” não está rolando. Houve um
retrocesso no personagem, que tinha passado por uma evolução tão grande e
conseguido se tornar um dos grandes trunfos da temporada passada.
Em linhas gerais, Grey’s vem se
recuperando de um trauma da melhor maneira possível. Aos poucos vamos deixando de
lado o polêmico season finale da temporada passada e entramos em um novo capítulo
do Seattle Grace. Vamos apenas ter que esperar para ver como será a condução do
restante da temporada, que sinceramente acho que será bem satisfatório.
PS: Ainda não sei o que falar dos
novos internos. Wilson ainda não conseguiu mostrar o que realmente veio fazer. Só
ficar chorando eu tenho quase certeza que não foi.
PS.2: Voltando a falar de Callie,
cena do chuveiro com Arizona foi o ponto alto deste episódio. Já começa a
trilhar um caminho para um Emmy.
PS.3: April ainda precisa ser mais trabalhada. Essa história de revirginização não vai rolar. Só conseguir dar risadas com ela rezando para o Justin Timberlake, nada mais.
PS.4: 24 episódios para essa temporada. Ouvi fogos? Comemorações? \o/
Nenhum comentário:
Postar um comentário