“Esse lugar é doentio”
E por esse lugar podemos entender
que é a mente de Ryan Murphy. A primeira temporada de American Horror Story foi
um grande acerto e em seus treze episódios contou uma história “coerente” e bem
amarrada (apesar de ter tido um final não muito satisfatório para mim). Quando
foi anunciado que a segunda temporada contaria outra história, com outros
personagens e em outro tempo eu fiquei bastante curioso para saber o que
poderia acontecer.
Situada nos anos 60, American
Horror Story Asylum é centrada em uma instituição psiquiátrica para criminosos.
A instituição é comandada pela igreja católica, que tem a Irmã Judy (Jessica
Lange) no comando e, acima dela está Monsignor Timothy Howard (Joseph Fiennes).
Dentre os pacientes que estão neste manicômio, temos Shelley (Chloë Sevigny),
uma ninfomaníaca, Grace (Lizzie Brocheré), uma mulher condenada por ter matado
a família, mas que jura não ter feito isto, e Kit (Evan Peters), ou como é
chamado de Bloody Face.
Por mais que existam vários
personagens na série que possibilitam bons plots, acredito que esta temporada
será centrada em Kit, ou Bloody Face. Então começaremos com a história dele.
Kit é um jovem casado com uma mulher negra que, em uma noite é atacada por
alienígenas e raptada. Não ficou muito claro o que realmente aconteceu ali, mas
descobrimos que Kit foi acusado pela morte de três mulheres (inclusive a
esposa) de forma cruel. Daí ganhou o nome de Bloody Face (Rosto Sangrento, em
português). Apesar de insistir em dizer que ele não fez nada disto, Kit é
levado ao Briarcliff para ficar aos cuidados da Irmã Judy.
Agora chegamos à personagem que
mais merece destaque aqui: Irmã Judy. Jessica Lange ganhou um Emmy e um Globo
de Ouro pelo seu excelente trabalho na primeira temporada passada, onde
interpretou Constance. E neste primeiro episódio, mostrou que pode repetir a
dose do ano passado. De tudo o que vimos neste episódio, todas as cenas que
envolveram a Irmã Judy foram as mais interessantes, principalmente a cena em
que ela está jantando com o Monsignor Timothy, e em uma ilusão se mostra
completamente atraída pelo chefe.
Monsignor Timothy apareceu pouco,
mas mostrou ser um homem ganancioso. Apesar do título que possui (um sacerdote
da igreja católica), ele mostra toda sua ambição em querer se tornar um Cardeal
de Nova York. E ele quer levar Irmã Judy junto, alimentando assim a ilusão da
freira e os sentimentos que ela sente por ele.
Enquanto isso no presente, vemos
Leo (Adam Levine) e Teresa (Jenna Dewan-Tatum), um casal recém-casado que
decidiram passar a lua de mel nos 12 lugares mais assustadores dos Estados
Unidos. Eles acabam chegando aos restos do Briarcliff, abandonado há anos. A
procura por coisas macabras no lugar acaba levando os dois á uma misteriosa
porta e curiosidade para saber o que havia dentro era tamanha que Leo acabou
sendo atacado por alguma criatura estranha e teve o braço arrancado.
Citei aqui o que achei de
importante no episódio. Toda aquela questão do médico, criaturas na floresta e
tudo mais ainda precisam de um melhor destaque, que deve ser dado nos próximos
episódios. No entanto, algo que me desagradou bastante foi a inserção de
alienígenas na história.
Não que eu odeie alienígenas ou
acha que uma história com estas criaturas não pode ser algo bom. Mas se caso
Ryan Murphy tivesse apenas contado uma história de doente psicológicos,
assassinos e semelhantes, as coisas seriam mais divertidas. A série tem um tom
mais sobrenatural e não acho que alienígenas apelem para esse lado. Eles jogam
uma coisa muito mais para ficção científica do que o “terror” proposto pela
série.
Mas só um episódio foi exibido e
muita coisa ainda será contada e as coisas podem ter uma explicação boa.
Esperaremos para ver.
Num contexto geral, American
Horror Story Asylum pode repetir a dose da temporada passada e proporcionar uma
boa e divertida história, repleta de tensões e tudo mais. E ainda restam alguns
personagens a serem apresentados, principalmente o do Zachary Quinto, que irá
bater de frente com a Irmã Judy e deve proporcionar bons momentos e deixar a
história mais interessante.
PS: Abertura nova, GENIAL! Amei.
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