sábado, 13 de outubro de 2012

Review: Beauty and the Beast: 1x01 – Pilot


Lana Lang gets badass

Se há algumas semanas eu fosse classificar as novas séries da CW, certamente eu teria colocado Beauty and the Beast na categoria de “prováveis bombas”. Mas depois de assistir ao episódio piloto posso garantir que a série se encaixaria melhor no grupo das “grandes apostas”.

O remake da série clássica exibida no final dos 80 é centrado em Catherine Chandler (Kristin Kreuk), uma detetive da polícia de Nova York que perdeu a mãe em um misterioso ataque nove anos atrás. Na época, a jovem Cat trabalhava com garçonete em um bar para conseguir pagar a faculdade e numa fatídica noite viu a mãe ser baleada. E quando os bandidos começam a perseguir a jovem indefesa, eis que ela é salva por alguém misterioso.

Nove anos no futuro, Catherine agora é uma importante detetive que acabou de levar um fora do namorado. Com a abertura de um novo caso, Catherine acaba revivendo os acontecimentos daquela noite e a faz questionar a morte da mãe. Mas vamos por partes.

Convenhamos aqui que o caso da semana foi de longe o menor dos atrativos do episódio. A história da mulher morta pela amante do marido, que foi enganada pelo mesmo, não foi o plot que mais me agradou. O que realmente me chamou a atenção foi Kristin Kreuk. Não comparar a personagem dela com a Lana de Smallville é quase que impossível. Se no começo da série do Super-homem ela era a que menos se destacava, ao longo dos anos em que interpretou o interesse amoroso de Clark, Kristin conseguiu evoluir de forma surpreendente. E todo o resultado está aí em Beauty and the Beast.

A forma como os roteiristas conduziram a descoberta de que Vincent (Jay Ryan) estava vivo e o envolvimento dele com o ocorrido na noite da morte da mãe de Cat foi outro grande acerto do episódio. Levando-se em conta o “padrão CW de qualidade” era de se esperar uma condução não muito boa disso tudo, mas por mais rápido que tudo tenha acontecido, as coisas ficaram num nível aceitável e crível.

A boa química entre Kristin e Jay é outra coisa a se destacar. Assim como os efeitos especiais do episódio e a cena do metrô. Um dos meus receios com a série era que momentos como a cena do barco no piloto de Ringer e seu belo uso do chroma key fossem repetidos aqui. E graças a Deus isto não aconteceu. A luta na estação do metrô, o sangue na tela e a perseguição nos trilhos foram um charme a parte. Bem produzidos e executados. Pontos positivos.

Quanto aos personagens, consegui extrair pouca coisa dos coadjuvantes. A parceira fiel de Cat, o parceiro fiel de Vincent, o médico legista que está afim da detetive foi o máximo que consegui perceber. Ao que tudo indica, o foco principal desse episódio era o início da relação entre Vincent e Catherine.

De um modo geral, Beauty and the Beast me surpreendeu da melhor forma possível. A audiência foi boa e a expectativa que eu tenho é de que as coisas apenas melhorem daqui para frente. Que a série possui um extenso leque de possibilidades para desenvolver esta história e criar um show intrigante e sedutor, não podemos negar. Obviamente deve seguir o estilo procedural, isto é, com casos da semana, o que ajuda um pouco na diversificação e andamento dos acontecimentos – e permite alguns episódios fillers para dar uma freada nas coisas (caso estejam muito rápidas).

Quanto ao mistério da morte da mãe de Cat, já podemos presumir que tem algo relacionado à Operação Muirfield. E aquele oficial do FBI (saído diretamente de Nikita) pode estar muito mais envolvido em tudo isso do que podemos imaginar.

Mas é isto. Beauty and the Beast agradou e pode se tornar um dos grandes sucessos da CW nesta temporada. Vamos ter que esperara para ver.

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