Lana Lang gets badass
Se há algumas semanas eu fosse
classificar as novas séries da CW, certamente eu teria colocado Beauty and the
Beast na categoria de “prováveis bombas”. Mas depois de assistir ao episódio
piloto posso garantir que a série se encaixaria melhor no grupo das “grandes apostas”.
O remake da série clássica
exibida no final dos 80 é centrado em Catherine Chandler (Kristin Kreuk), uma
detetive da polícia de Nova York que perdeu a mãe em um misterioso ataque nove
anos atrás. Na época, a jovem Cat trabalhava com garçonete em um bar para
conseguir pagar a faculdade e numa fatídica noite viu a mãe ser baleada. E
quando os bandidos começam a perseguir a jovem indefesa, eis que ela é salva
por alguém misterioso.
Nove anos no futuro, Catherine
agora é uma importante detetive que acabou de levar um fora do namorado. Com a
abertura de um novo caso, Catherine acaba revivendo os acontecimentos daquela
noite e a faz questionar a morte da mãe. Mas vamos por partes.
Convenhamos aqui que o caso da
semana foi de longe o menor dos atrativos do episódio. A história da mulher
morta pela amante do marido, que foi enganada pelo mesmo, não foi o plot que
mais me agradou. O que realmente me chamou a atenção foi Kristin Kreuk. Não
comparar a personagem dela com a Lana de Smallville é quase que impossível. Se
no começo da série do Super-homem ela era a que menos se destacava, ao longo
dos anos em que interpretou o interesse amoroso de Clark, Kristin conseguiu
evoluir de forma surpreendente. E todo o resultado está aí em Beauty and the
Beast.
A forma como os roteiristas
conduziram a descoberta de que Vincent (Jay Ryan) estava vivo e o envolvimento
dele com o ocorrido na noite da morte da mãe de Cat foi outro grande acerto do
episódio. Levando-se em conta o “padrão CW de qualidade” era de se esperar uma
condução não muito boa disso tudo, mas por mais rápido que tudo tenha
acontecido, as coisas ficaram num nível aceitável e crível.
A boa química entre Kristin e Jay
é outra coisa a se destacar. Assim como os efeitos especiais do episódio e a
cena do metrô. Um dos meus receios com a série era que momentos como a cena do
barco no piloto de Ringer e seu belo uso do chroma key fossem repetidos aqui. E
graças a Deus isto não aconteceu. A luta na estação do metrô, o sangue na tela
e a perseguição nos trilhos foram um charme a parte. Bem produzidos e
executados. Pontos positivos.
Quanto aos personagens, consegui
extrair pouca coisa dos coadjuvantes. A parceira fiel de Cat, o parceiro fiel
de Vincent, o médico legista que está afim da detetive foi o máximo que
consegui perceber. Ao que tudo indica, o foco principal desse episódio era o
início da relação entre Vincent e Catherine.
De um modo geral, Beauty and the
Beast me surpreendeu da melhor forma possível. A audiência foi boa e a
expectativa que eu tenho é de que as coisas apenas melhorem daqui para frente.
Que a série possui um extenso leque de possibilidades para desenvolver esta
história e criar um show intrigante e sedutor, não podemos negar. Obviamente
deve seguir o estilo procedural, isto é, com casos da semana, o que ajuda um
pouco na diversificação e andamento dos acontecimentos – e permite alguns
episódios fillers para dar uma freada
nas coisas (caso estejam muito rápidas).
Quanto ao mistério da morte da
mãe de Cat, já podemos presumir que tem algo relacionado à Operação Muirfield. E
aquele oficial do FBI (saído diretamente de Nikita) pode estar muito mais
envolvido em tudo isso do que podemos imaginar.
Mas é isto. Beauty and the Beast
agradou e pode se tornar um dos grandes sucessos da CW nesta temporada. Vamos
ter que esperara para ver.
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