It’s The X Factor, bitch.
Seria muito ousado dizer que
Britney Spears foi a maior surpresa dessa segunda temporada de The X Factor? Quando
foi anunciada como nova integrante da bancada de jurados, Britney despertou o
medo de alguns fãs do programa. Muitos criticaram a escolha da FOX em colocar
alguém que frequentemente é alvo de críticas pelo uso do playback em seus
shows, mas depois de seis belos episódios, todos podemos dizer uma coisa:
Britney Spears com certeza tem o “X Factor”.
Demi Lovato também não ficou para
trás. Apesar da maioria das críticas terem se concentrado em Britney, muita
gente torceu o nariz quando a FOX anunciou a cantora teen como nova jurada, ao
lado de Spears. E assim como a colega, Demi também se mostrou uma grata
surpresa. Mas deixando de lado os jurados, vamos a um balanço geral da temporada.
Acho que a televisão americana
nunca viu uma briga tão forte entre realities musicais como nesse ano. The
Voice, da NBC, e The X Factor, da FOX, são os protagonistas de uma ferrenha
briga e no fim das contas que sai ganhando com isso tudo é o telespectador. Mas
vamos por partes.
A estreia de ambos os programas
foi anunciada para a mesma semana, porém The Voice teria seus dois episódios
exibidos nas segundas e terças, enquanto o The X Factor seria exibido às
quartas e quintas. Até então nada que preocupasse ninguém, até que a NBC resolveu
colocar lenha na fogueira e, na semana de estreia, acrescentou um episódio
extra do seu programa para ser exibido na quarta-feira, coincidindo com a
estreia de Britney e Demi na FOX. O
confronto direto entre os programas foi vencido pelo The Voice, que conquistou
maiores audiências.
Mas no quesito que realmente
importa quem realmente venceu foi o The X Factor. A fórmula do The Voice pode
estar dando certo, mas chega um ponto que ela cansa. E convenhamos aqui,
presenciar candidatos que nos gere um mal estar e vergonha alheia são um dos
maiores charmes de programas musicais. E isto o The Voice não nos proporciona.
Ponto para Simon e Cia.
Logo no primeiro episódio, o The
X Factor nos apresentou a uma das candidatas mais promissoras do programa.
Paige simplesmente arrasou e fez L.A. Reid comparar à jovem com a estrela pop
Rihanna. Mas se começou com a promessa de grandes audições, o decorrer do episódio
não foi lá o que prometia, mas nos proporcionou bons momentos de diversão.
Quatrelle foi um (uma?) desses.
Com uns trejeitos bem Lady Gaga, o(a) candidato(a) se apresenta com uma música
da própria cantora e, apesar de não ter ido muito bem no quesito vocal,
divertiu muito os jurados e com a aprovação de Simon, Britney e Demi, Quatrelle
passa para a próxima fase – e isso deve ser o mais longe que ela vai.
Tivemos também no primeiro
episódio o momento tocante que todo reality merece. Jillian Jensen entra no
palco e não demora muito para mostrar sua conexão com Demi Lovato. A bela
performance da garota, que trás consigo marcas de uma pessoa frágil que um dia
sofreu bullying, emociona a todos. Jillian conseguiu algo que um dia achei ser
impossível: emocionar Simon Cowell.
O The X Factor continuou então
sua jornada pelo território norte-americano descobrindo grandes artistas. O
jovem Johnny Maxwell mostrou que sabe como cantar rap, só espero que consiga
manter o nível nas fases seguintes. O ambicioso Jason Brock, que, cheio de
pompas e sonhos, quase se mostrou uma Susan Boyle, ao mostrar que têm talento e
voz. Mas uma das grandes surpresas dessa temporada são as crianças.
O número de pequenos cantores que
conseguiram arrancar gritos da plateia e fizeram os jurados dizerem soltarem
grandes “yes”, impressiona. Além do já citado aqui Johnny, ainda no segundo
episódio somos surpreendidos pela pequena – ou como Britney bem definiu “little
diva” – Carly. Com uma voz de deixar qualquer um de queixo caído, Carly
impressiona os jurados, a plateia e os telespectadores e, merecidamente, é
aplaudia de pé. O pequeno Reed Deming, que, apesar de mostrar não gostar da
comparação, tem um jeito bem Justin Bieber de ser arrancou elogios de todos.
Mas acredito que o grande
destaque das crianças vai para Diamond White. Se houve alguém que me fez ficar
inquieto ao assistir e me encantou completamente, foi a esta garota. Eu
simplesmente adoro quando Simon não deposita muita confiança em alguém e este
alguém acaba surpreendendo. E foi isso que Diamond fez.
Para não ser diferente de outros
programas musicais – destaca-se American Idol basicamente – o The X Factor
precisa de alguns personagens que realmente se destaquem, não apenas pelo
talento, mas por um conjunto completo que envolva principalmente sua
personalidade. Se houvesse um prêmio “personalidade das audições” eu certamente
entregaria para Panda. Recém-saída do hospital depois de sofrer com uma
pneumonia, a mulher vai atrás de dois dos seus sonhos: cantar e conhecer o
Simon. E sem dúvida alguma, ninguém mais divertido do que ela foi mostrado
nesses seis episódios. E obviamente, Panda nos encantou. Uma voz triunfante
digna de quatro “yes”, conquistou a todos. E mais uma que foi aplaudida de pé merecidamente.
De um modo geral, essas audições
do The X Factor conseguiram me surpreender. Ainda fica difícil escolher para
quem torcer, por que são muitos bons candidatos. Mas já consigo arriscar
algumas predileções: Jannel Garcia, Paige Thomas, Jeffrey Gutt, Diamond White,
Emblem3, Panda e Tate Stevens. Se algum desses irão conseguir passar e chegar
na final, só o tempo nos dirá.
Mas fica aqui minha torcida por uma
temporada divertida e surpreendente onde não apenas os candidatos se
sobressaiam, mas também que Britney e Demi, vitimas das críticas de muitos,
consigam conquistar a América de um jeito diferente.
Na próxima semana o programa já
começa sua segunda fase, o temido Bootcamp onde os candidatos aprovados
precisam passar por momentos de tensão para provar que merecem disputar o
prêmio até o fim. No Brasil, A Sony estreia o programa no dia 02 de Outubro às
22h.
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