sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Review: The X Factor: Auditions


It’s The X Factor, bitch.

Seria muito ousado dizer que Britney Spears foi a maior surpresa dessa segunda temporada de The X Factor? Quando foi anunciada como nova integrante da bancada de jurados, Britney despertou o medo de alguns fãs do programa. Muitos criticaram a escolha da FOX em colocar alguém que frequentemente é alvo de críticas pelo uso do playback em seus shows, mas depois de seis belos episódios, todos podemos dizer uma coisa: Britney Spears com certeza tem o “X Factor”.

Demi Lovato também não ficou para trás. Apesar da maioria das críticas terem se concentrado em Britney, muita gente torceu o nariz quando a FOX anunciou a cantora teen como nova jurada, ao lado de Spears. E assim como a colega, Demi também se mostrou uma grata surpresa. Mas deixando de lado os jurados, vamos a um balanço geral da temporada.

Acho que a televisão americana nunca viu uma briga tão forte entre realities musicais como nesse ano. The Voice, da NBC, e The X Factor, da FOX, são os protagonistas de uma ferrenha briga e no fim das contas que sai ganhando com isso tudo é o telespectador. Mas vamos por partes.

A estreia de ambos os programas foi anunciada para a mesma semana, porém The Voice teria seus dois episódios exibidos nas segundas e terças, enquanto o The X Factor seria exibido às quartas e quintas. Até então nada que preocupasse ninguém, até que a NBC resolveu colocar lenha na fogueira e, na semana de estreia, acrescentou um episódio extra do seu programa para ser exibido na quarta-feira, coincidindo com a estreia de Britney e Demi na FOX.  O confronto direto entre os programas foi vencido pelo The Voice, que conquistou maiores audiências.

Mas no quesito que realmente importa quem realmente venceu foi o The X Factor. A fórmula do The Voice pode estar dando certo, mas chega um ponto que ela cansa. E convenhamos aqui, presenciar candidatos que nos gere um mal estar e vergonha alheia são um dos maiores charmes de programas musicais. E isto o The Voice não nos proporciona. Ponto para Simon e Cia.

Logo no primeiro episódio, o The X Factor nos apresentou a uma das candidatas mais promissoras do programa. Paige simplesmente arrasou e fez L.A. Reid comparar à jovem com a estrela pop Rihanna. Mas se começou com a promessa de grandes audições, o decorrer do episódio não foi lá o que prometia, mas nos proporcionou bons momentos de diversão.

Quatrelle foi um (uma?) desses. Com uns trejeitos bem Lady Gaga, o(a) candidato(a) se apresenta com uma música da própria cantora e, apesar de não ter ido muito bem no quesito vocal, divertiu muito os jurados e com a aprovação de Simon, Britney e Demi, Quatrelle passa para a próxima fase – e isso deve ser o mais longe que ela vai.

Tivemos também no primeiro episódio o momento tocante que todo reality merece. Jillian Jensen entra no palco e não demora muito para mostrar sua conexão com Demi Lovato. A bela performance da garota, que trás consigo marcas de uma pessoa frágil que um dia sofreu bullying, emociona a todos. Jillian conseguiu algo que um dia achei ser impossível: emocionar Simon Cowell.

O The X Factor continuou então sua jornada pelo território norte-americano descobrindo grandes artistas. O jovem Johnny Maxwell mostrou que sabe como cantar rap, só espero que consiga manter o nível nas fases seguintes. O ambicioso Jason Brock, que, cheio de pompas e sonhos, quase se mostrou uma Susan Boyle, ao mostrar que têm talento e voz. Mas uma das grandes surpresas dessa temporada são as crianças.

O número de pequenos cantores que conseguiram arrancar gritos da plateia e fizeram os jurados dizerem soltarem grandes “yes”, impressiona. Além do já citado aqui Johnny, ainda no segundo episódio somos surpreendidos pela pequena – ou como Britney bem definiu “little diva” – Carly. Com uma voz de deixar qualquer um de queixo caído, Carly impressiona os jurados, a plateia e os telespectadores e, merecidamente, é aplaudia de pé. O pequeno Reed Deming, que, apesar de mostrar não gostar da comparação, tem um jeito bem Justin Bieber de ser arrancou elogios de todos.

Mas acredito que o grande destaque das crianças vai para Diamond White. Se houve alguém que me fez ficar inquieto ao assistir e me encantou completamente, foi a esta garota. Eu simplesmente adoro quando Simon não deposita muita confiança em alguém e este alguém acaba surpreendendo. E foi isso que Diamond fez. 

Para não ser diferente de outros programas musicais – destaca-se American Idol basicamente – o The X Factor precisa de alguns personagens que realmente se destaquem, não apenas pelo talento, mas por um conjunto completo que envolva principalmente sua personalidade. Se houvesse um prêmio “personalidade das audições” eu certamente entregaria para Panda. Recém-saída do hospital depois de sofrer com uma pneumonia, a mulher vai atrás de dois dos seus sonhos: cantar e conhecer o Simon. E sem dúvida alguma, ninguém mais divertido do que ela foi mostrado nesses seis episódios. E obviamente, Panda nos encantou. Uma voz triunfante digna de quatro “yes”, conquistou a todos. E mais uma que foi aplaudida de pé merecidamente.

De um modo geral, essas audições do The X Factor conseguiram me surpreender. Ainda fica difícil escolher para quem torcer, por que são muitos bons candidatos. Mas já consigo arriscar algumas predileções: Jannel Garcia, Paige Thomas, Jeffrey Gutt, Diamond White, Emblem3, Panda e Tate Stevens. Se algum desses irão conseguir passar e chegar na final, só o tempo nos dirá.

Mas fica aqui minha torcida por uma temporada divertida e surpreendente onde não apenas os candidatos se sobressaiam, mas também que Britney e Demi, vitimas das críticas de muitos, consigam conquistar a América de um jeito diferente.

Na próxima semana o programa já começa sua segunda fase, o temido Bootcamp onde os candidatos aprovados precisam passar por momentos de tensão para provar que merecem disputar o prêmio até o fim. No Brasil, A Sony estreia o programa no dia 02 de Outubro às 22h.

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