“Tive um paciente que me falou sobre
o casamento dele e como chamaram os casais para dançarem juntos. Depois pediram
aos casais que estavam juntos há um ano para se sentarem. E depois os de cinco
anos, os de dez anos e em diante. Até que chegaram aos dois últimos casais. Dois
casais de avós. Juntos há 60 anos. 60 anos com os amores das vidas deles.” Mark
Sloan.
Escolhi essa citação para iniciar
a review por um simples e único motivo: essa season premiere de Grey’s Anatomy
foi a despedida mais emocionante que Shonda Rhimes conseguiu me proporcionar. Ninguém nega que o número de personagens que já morreu na série é de certo modo
assustador e que muitos foram emocionantes, mas Going Going Gone foi diferente porque desde o início nos preparamos
para despedir de Mark Sloan. E no final, lágrimas não faltaram.
O episódio que nos levou para
alguns meses depois do fatídico acidente de avião, nos apresentou a uma nova
Grey’s. A morte de Lexie e Mark pode ser vistas como um marco para mudanças grandes
na série. Vimos logo de cara Meredith se tornando a Medusa, uma espécie de nova Nazi,
papel que foi da Dra. Bailey no início da série.
Nesta nova fase da série, vemos
os médicos do Seattle Grace bem diferentes daqueles que deixamos na temporada
passada. Sem contar com os novos internos. Cristina Yang saiu de Seattle e
seguiu rumo à Minnesota. Karev se prepara para Hopkins despedindo de cada ser
do sexo feminino do hospital. Dos internos originas – dos quais só restam três –
Meredith é única que parece ser a que vai continuar no Seattle Grace.
Derek ainda enfrenta os problemas
com sua mão, gravemente afetada depois do acidente de avião e encontra em
Callie uma ajuda. Creio que a amizade dos dois pode crescer bastante neste ano
e isto é algo que adoraria ver. Para ser sincero, minha torcida fica para que
esse ano seja “o ano de Callie”. A personagem de Sara Ramirez vem crescendo a
cada temporada que passa e devido aos acontecimentos desta premiere, tudo leva
a crer que muita coisa irá atingi-la diretamente.
A começar pelo fato de ela ser basicamente
a responsável pela recuperação de Derek. E com isso ela deve assumir um posto
de braço direito do Dr. Shepard. E o ápice do sofrimento dela tem dois nomes:
Mark e Arizona.
Bem que tentaram nos fazer
acreditar que Arizona teria sido uma das vítimas fatais do acidente, mas no fim
do episódio vimos que a pediatra está bem viva. Mas com um desfalque: uma
perna. E o pior de tudo, foi a própria Callie que amputou a esposa. Se isto já
não fosse sofrimento por de mais, eis que chegamos ao assunto central do episódio:
Mark Sloan.
Quando foi anunciado que Eric
Dane deixaria a série, fiquei criando várias possibilidades de justificativas
pela saída do personagem. A morte de Lexie seria algo que o afetaria muito e poderia
fazê-lo tomar atitudes precipitadas, mas em momento algum seria aceitável que
ele simplesmente deixasse Seattle e sua filha. Afinal isso iria fugir completamente
do que foi construído na temporada passada: a imagem de um pai amoroso.
Então a morte de Sloan talvez
tenha sido a única saída possível. O grande medo então era como iriam conduzir este
acontecimento. E no fim, as escolhas de Shonda Rhimes e roteiristas para esse
final da história de Mark foi o mais lúcido, aceitável e emocionante de toda a
série.
Mark foi um desses personagens
que conquistam o público rapidamente e, mesmo aparecendo incialmente com um
status de “vilão”, não demorou muito para se tornar um de meus favoritos. E
esse sentimento foi só aumentando nas ultimas temporadas fazendo de Mark um dos
personagens mais completos e divertidos da série. E o relacionamento dele com Lexie
foi simplesmente uma das melhores coisas da série.
Na temporada passada, no 22º
episódio, quando ninguém espera por aquele final horrendo, a “little Grey”
chega a se declarar para Mark em uma das cenas mais empolgantes da temporada. E
aquela cena me encheu de esperanças de que logo os dois estariam juntos. E
ironicamente, ou não, eles agora estão. No além.
O recurso dos “flashbacks”, se é
que podemos chamar disso, foi um charme a parte deste episódio. Foi o
complemento para a despedida perfeita. Tivemos outros acontecimentos nesse
episódio, mas acho que nada superou a importância desse adeus.
Grey’s Anatomy voltou para uma
temporada que promete ser bastante emocionante. Só nos resta esperar para ver se
as escolhas de Shonda Rhimes serão certeiras ou não.
PS: O episódio estava tão bom sem
Kepner que até tinha me esquecido dela. Até que Owen foi buscar ela numa
fazenda. Fui o único que esta situação dela um pouco forçada?
PS.2: Cristina e mais um trauma.
Só espero que não prolonguem esse plot igual fizeram na sétima temporada, por
que aquilo foi chato até falar chega.
PS.3: Bailey Danadinha me
arrancando risadas altas aqui. Nunca mais esquecerei isso.
PS.4: Avery pela primeira vez me
emocionando na série. A cena final dele com Mark foi simplesmente maravilhosa.
PS.5: Os novos residentes, mesmo
que não tenha dado para conhecer direito, parecem ser interessante. Prevejo
Wilson sendo a perseguida da Medusa (amei o apelido) e se tornando, quem sabe,
a nova Meredith.
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